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    Prefeitura do Rio inaugura polêmico campo de golfe olímpico

    DO RIO

    22/11/2015 14h13

    Marcelo Sayão/Efe
    Eduardo Paes, prefeito do Rio, participa da inauguração do campo de golfe olímpico
    Eduardo Paes, prefeito do Rio, participa da inauguração do campo de golfe olímpico

    A nove meses do início da Olímpíada de 2016, a Prefeitura do Rio inaugurou, neste domingo (22), o campo de golfe, que fica na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

    O golfe voltará a fazer parte do rol de esportes olímpicos após 112 anos. A última vez que ele foi disputado foi nos Jogos de 1904, em Saint Louis, nos Estados Unidos.

    O evento-teste deve acontecer entre março e maio de 2016.

    A construção do campo de 970 mil m² está entre as obras mais polêmicas da Rio 2016.

    Construído em área de reserva ambiental, é alvo de contestação desde a escolha do terreno. Para viabilizar a construção, Paes teve de retirar 58,5 mil metros quadrados de um parque natural da região.

    Integrantes dos movimentos "Golfe para quem?" e "Ocupa golfe" acamparam por mais de três meses em frente ao empreendimento.

    Na inauguração, Paes negou que a área fosse de reserva ambiental.

    "Falou-se muito de que o local era uma área de preservação ambiental, mas isso é mentira, o terreno era um areal degradado. Recuperamos parte desse terreno, colocamos vegetação de restinga e, fora o campo de golfe, vamos transformar o restante do terreno no maior parque da cidade", afirmou.

    Em março, Paes apresentou um dossiê em defesa do campo olímpico de golfe e chamou de "baboseira" a acusação de ativistas, que o acusam de ter cometido crime ambiental na região.

    IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

    Outra polêmica ligada ao campo é que o Ministério Público do Rio investiga o prefeito por suposta improbidade administrativa. O inquérito avalia se o benefício urbanístico concedido à construtora Fiori Empreendimentos foi excessivo se comparado ao custo da obra (R$60 milhões).

    O campo de golfe foi construído com recursos privados da Fiori. Em contrapartida, ela recebeu benefícios urbanísticos para os prédios vizinhos ao local de competição, onde foram autorizado edifícios mais altos do que o permitido por lei.

    A investigação foi aberta após representação do movimento "Golfe para quem?". De acordo com a entidade, o prefeito gerou uma receita de mais de R$ 1 bilhão para a incorporadora, com o aumento do gabarito do terreno, de seis para 22 andares.

    Na inauguração, Paes disse desconhecer a investigação do MP. "Se ela existe, eu nunca fui notificado nem chamado para depor."

    Marcelo Sayão/Efe
    Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, durante inauguração do campo de golfe
    Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, durante inauguração do campo de golfe
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