Os advogados de Carlos Arthur Nuzman vão pedir nesta semana um habeas corpus ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tirar o ex-presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil) da cadeia.

Nuzman está preso desde o dia 5, no Rio, sob suspeita de ter feito a "ponte" entre o esquema de corrupção do governo Sérgio Cabral (PMDB) e os membros do COI na escolha do Rio, em 2009, para receber os Jogos.

No sábado (14), o ex-diretor do comitê organizador Leonardo Gryner saiu da cadeia pública José Frederico Marques após o juiz Marcelo Bretas revogar a prisão preventiva contra ele.

Os advogados de Nuzman já tiveram duas vezes o pedido de habeas corpus negado pela Justiça Federal no Rio.

Na quarta (11), o dirigente renunciou ao cargo de presidente do COB após 22 anos no comando da entidade.

Em uma carta curta de dois parágrafos, Nuzman dizia que abria mão do cargo de "modo irrefutável e irretratável" e que iria se dedicar "ao pleno exercício" do seu direito de defesa.

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Nesta segunda (16), a ficha disciplinar de Nuzman na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária foi obtida pela reportagem. O documento conta com a foto do dirigente registrada dentro do sistema prisional. A secretaria de administração nega que tenha divulgado a ficha.