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    'Estou aqui tomando café com vocês', diz Doria a operários na Barra Funda

    PAULA REVERBEL
    DE SÃO PAULO

    16/08/2016 10h46

    Zanone Fraissat - 16.ago.2016/Folhapress
    SAO PAULO/SP BRASIL. 16/08/2016 - O candidato Joao Doria e o candidato a vice-prefeito, Bruno Covas fazem caminhada pelas ruas do centro com ato final na frente do Teatro Municipal, ele uso o metro para ir embora ate seu escritorio(foto: Zanone Fraissat/FOLHAPRESS, COTIDIANO)***EXCLUSIVO***
    João Doria e Bruno Covas, candidatos do PSDB, em seu primeiro dia de campanha oficial

    No primeiro evento oficial de campanha pela prefeitura de São Paulo, o candidato tucano João Doria visitou nesta terça-feira (16) uma obra da Tecnisa no bairro Barra Funda, na zona oeste da capital paulista, onde discursou e tomou café com os operários. Em sua fala, procurou afastar a imagem de político e fazer ataques ao PT.

    "Nós temos nove candidatos à Prefeitura de São Paulo. Oito são políticos. O que não é político está aqui cedinho aqui, tomando café da manhã com vocês", disse Doria, que nunca teve um mandato e é afilhado político do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A propaganda eleitoral e a realização de comícios passaram a ser permitidas a partir desta terça.

    Em ataque ao PT, o empresário declarou que sua bandeira "nunca será vermelha". A expressão se tornou onipresente nos protestos antipetistas que mobilizaram centenas de milhares de pessoas na cidade de São Paulo e no país. "Bandeira nossa é a bandeira brasileira, a bandeira de todos, não a da ideologia", declarou.

    "Uma vez PT, sempre PT", afirmou sobre as candidatas Marta Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (PSOL), ambas ex-petistas que estão na sua frente nas pesquisas de intenção de voto. "Ninguém pode desconhecer o seu passado e negar o seu passado. Esquecer quem foi PT e quem é PT não dá", completou.

    Antes do discurso, Doria sentou-se brevemente com os operários, tomou café e perguntou de que Estado eles eram e quanto tempo demoravam para ir da casa ao trabalho todos os dias. A imprensa acompanhou o encontro.

    BRIGA TUCANA

    O candidato disse que o chanceler José Serra, um dos principais caciques tucanos e rival de Alckmin, seu padrinho político, eventualmente participará de sua campanha

    "Com o Serra não falamos ainda, mas oportunamente virá também", prometeu.

    Doria afirmou que foi positiva uma reunião recente com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) sobre a sua participação na campanha e garantiu que o tucano irá "se comportar".

    "O presidente pediu até que nós pudéssemos oferecer a informação a todos que desejarem que ele é um homem de partido e, como homem de partido, vai se comportar na campanha", disse.

    Sobre o pedido do PSDB de São Paulo para que o ex-governador tucano, Alberto Goldman, que declarou que não votará em Doria, seja punido internamente, o candidato afirmou que todos os filiados devem lealdade ao partido.

    Goldman é aliado do vereador Andreia Matarazzo (PSD), que deixou o PSDB depois que Doria ficou em primeiro lugar nas previas do partido e agora é candidato a vice na chapa de Marta.

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