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    Maksoud Plaza ainda está longe do lugar que já ocupou em São Paulo

    JOSIMAR MELO
    COLUNISTA DA FOLHA

    16/03/2016 02h00

    Divulgação
    O cantor Frank Sinatra com os cozinheiros do La Cuisine du Soleil, no Maksoud, em 1981
    O cantor Frank Sinatra com os cozinheiros do La Cuisine du Soleil, no Maksoud, em 1981

    Nos anos 1980, plena madrugada, para onde você iria tomar um último trago se quisesse estar em um ambiente cosmopolita? Você, não sei; mas eu costumava ir para um lobby de hotel: do Maksoud Plaza, inaugurado em 1979, com atendimento 24 horas por dia e uma arquitetura de tirar o fôlego.

    Afundado nas poltronas relaxantes, com a última taça de Cognac e um charuto nas mãos, bastava inclinar a cabeça para avistar a gigantesca escultura de Yutaka Toyota pendendo daquele fosso invertido de concreto; as formas de Maria Bonomi entalhadas nas paredes; e imaginar a vertigem dos elevadores panorâmicos –tudo cenário para inovações na gastronomia (e até no show-business) que o hotel trazia para a cidade.

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    E se você conhecesse alguém da produção musical do hotel, poderia se enturmar à mesa dos jantares tardios dos artistas de fora, que aconteciam ali mesmo no lobby, no restaurante Brasserie Bela Vista, aberto 24 horas. Ou se fosse amigo de amigos de Caetano Veloso, notívago inveterado, engrossaria, no mesmo lugar, a fila de apóstolos da ceia tardia do baiano após seus shows (o único à mesa sempre sem bebida alcoólica, ainda assim sempre com fôlego para pontificar sobre tudo, em geral com teorias tão curiosas quanto originais).

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