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    Médico que realiza vasectomia deve saber revertê-la, determina CFM

    RACHEL BOTELHO
    da Folha de S.Paulo

    22/07/2009 08h01

    O médico que realizar uma vasectomia deve estar habilitado a revertê-la, estabelece resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) publicada ontem no "Diário Oficial da União". A mudança faz parte de uma série de normas éticas para a realização de cirurgia de esterilização masculina.

    A iniciativa partiu da Sociedade Brasileira de Urologia, que pretende coibir a realização da cirurgia por médicos de outras especialidades. Segundo o relator Edevard José de Araújo, conselheiro do CFM, embora seja um procedimento ambulatorial, considerado relativamente simples, a vasectomia tem consequências, como um eventual desejo de reverter a esterilização e o risco de isso não ser possível.

    "No ano passado, a ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar] colocou a vasectomia na lista de procedimentos que devem ser cobertos pelos planos de saúde. Aí houve uma preocupação de que esse procedimento ficasse banalizado", afirma.

    Para o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, José Carlos de Almeida, trata-se de um um procedimento complexo, que exige que o paciente reflita junto com a família e aguarde 60 dias após decidir realizá-lo.

    Nem o Ministério da Saúde nem o CFM têm dados sobre o número de vasectomias revertidas nos últimos anos.

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