• Equilíbrio e Saúde

    Friday, 10-May-2024 08:36:23 -03

    Anvisa proíbe câmaras de bronzeamento artificial no país

    MARY PERSIA
    da Folha Online

    11/11/2009 10h39

    A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu no Brasil o uso de equipamentos para bronzeamento artificial de finalidade estética que utilizam tecnologia de emissão de radiação ultravioleta. A partir de hoje, nenhuma clínica do país pode realizar o procedimento.

    Usado por Luana Piovani, bronze a jato é opção segura
    Quem fez bronzeamento em câmara deve redobrar cuidados
    Leia íntegra da resolução da Anvisa sobre a proibição

    João Wainer/Folha Imagem
    Bronzeamento artificial por emissão de radiação ultravioleta está proibido a partir desta quarta em todo o território nacional
    Bronzeamento artificial por emissão de radiação ultravioleta está proibido a partir desta quarta em todo o território nacional

    A decisão se baseou em dados colhidos na audiência pública aberta pela agência semanas depois da divulgação de um estudo pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

    Em julho deste ano, a Iarc (Agência Internacional para Pesquisa do Câncer), vinculada à OMS, alertou para o aumento do risco de câncer devido à utilização do equipamento, que passou de "causa provável" para "causa concreta" de tumores de pele. Especialistas internacionais concluíram que o risco é elevado em cerca de 75% quando se utiliza a câmara de bronzeamento antes dos 30 anos.

    "Estamos brigando por isso há muito tempo. O aumento do risco da doença está mais do que comprovado", diz Selma Cernea, coordenadora da campanha contra o câncer de pele da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia). "Há fatores genéticos para o câncer sobre os quais não podemos interferir, mas os ambientais temos de evitar."

    O governo considerou esse estudo e também uma resolução de abril deste ano, que determina que "os possíveis riscos associados à tecnologia devem ser aceitáveis em relação ao benefício proporcionado pelo uso do produto". Também reconhece a dificuldade para determinar níveis de exposição seguros.

    Ficam de fora da proibição equipamentos com emissão de radiação ultravioleta destinados a tratamento médico (para psoríase, por exemplo) ou odontológico, desde que registrados na Anvisa. "Não há porque deixar uma pessoa que não precisa do procedimento se expor dessa forma", ressalta Selma.

    A resolução foi publicada hoje no "Diário Oficial da União" e revoga norma anterior de 2002 que tornou obrigatória a avaliação médica e proibiu a utilização das câmaras por pessoas com sardas, manchas ou pintas, que tivessem histórico familiar de câncer de pele ou com doenças autoimunes, entre outras limitações.

    Editoria de Arte/Folha Imagem

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024