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    OMS anuncia fim da pandemia de gripe A (H1N1)

    DE SÃO PAULO

    10/08/2010 10h22

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta terça-feira o fim da pandemia de gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1), 14 meses depois de ter declarado o nível máximo de alerta pela aparição do vírus.

    Segundo o mais recente balanço da OMS, a gripe matou 18.449 pessoas em 214 países e territórios.

    "O mundo não está mais na fase seis de alerta pandêmico. Passamos para a fase pós-pandêmica", disse a diretora geral do organismo, Margaret Chan, que cancelou o alerta após conselho do Comitê de Emergência da OMS, reunido horas antes.

    No período pós-pandemia, alerta Chan, o vírus deve continuar circulando por mais alguns anos. A diferença é que, em vez de um grande número de contaminações em uma ampla área, o vírus A (H1N1) circula agora como um vírus da gripe comum sazonal e não é mais a forma dominante de influenza.

    Chan citou ainda relatórios recentes que indicam que entre 20% e 40% da população foi contaminada com o vírus e criou imunidade, o que garante um certo nível de proteção contra epidemias localizadas.

    "A vigilância contínua é extremamente importante", ressaltou a diretora-geral, lembrando que a vacinação tem papel importante na contenção da doença.

    Chan disse que a pandemia acabou sendo muito menor do que o previsto há pouco mais de um ano, já que o vírus não sofreu mutação para uma forma mais letal e nem houve resistência em grande escala ao oseltamivir utilizado para combatê-lo.

    "Desta vez, fomos auxiliados por pura boa sorte", disse Chan, que lembrou ainda que a vacina se mostrou um método efetivo de combate.

    A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

    Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha o vírus, e examinada em laboratório.

    O tratamento precoce com os antivirais Tamiflu ou Relenza ajuda a reduzir a gravidade e a duração da infecção. Há também a vacina contra a doença, disponível nos postos de saúde do Brasil.

    Segundo a OMS, o vírus H1N1 deixou 8.553 mortos no continente americano --onde teria começado a epidemia--, 4.879 mortos na Europa, 1.992 no Sudeste Asiático, 1.858 no oeste do Pacífico, 1.019 no leste do Mediterrâneo e 168 na África.

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