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    Em São Paulo, aparelhos robóticos ajudam na recuperação de pacientes

    MARIANA VERSOLATO
    DE SÃO PAULO

    17/05/2012 11h23

    Ana Paula dos Santos, 31, comemorou um feito ontem: conseguiu sentir a sola dos pés tocando o chão enquanto andava em uma esteira.

    A constatação veio na quinta sessão de reabilitação no Lokomat, sistema de marcha suspensa robotizada que sustenta o paciente pela cintura e permite que ele utilize as articulações do quadril e do joelho.

    "Ganhei algo que havia perdido. A gente vê a possibilidade de viver uma vida lá fora de novo", conta ela, que tem uma doença genética (paraparesia espástica familiar) que causou atrofia muscular nas pernas.

    Ela é uma das pacientes da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, que acaba de completar quatro anos e apresentou novos equipamentos de robótica, como o Lokomat. São dois na rede: um na unidade Morumbi e outro na Vila Mariana. Cada um custou R$ 1,1 milhão.

    O Armeo Spring é outro aparelho que chegou à rede. Usado só para estudos, ele melhora a função do braço com a simulação de tarefas e jogos de realidade virtual.

    "Jogos fazem com que o paciente mantenha o foco no exercício. Isso aumenta a adesão, a motivação e faz com que o paciente se sinta desafiado", afirma Thaís Tavares Terranova, terapeuta ocupacional da unidade do Morumbi.

    Karime Xavier/Folhapress
    Ana Paula dos Santos, 31, caminha com ajuda de aparelho
    Ana Paula dos Santos, 31, caminha com ajuda de aparelho

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