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    Riscos da cirurgia íntima incluem redução da sensibilidade

    IARA BIDERMAN
    DE SÃO PAULO

    28/08/2012 05h05

    Para chegar à suposta vagina perfeita, a mulher passa 50 minutos em posição ginecológica (deitada com as pernas abertas e flexionadas), enquanto o médico corta e costura suas partes íntimas.

    É considerada uma cirurgia de baixa complexidade.

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    Os principais riscos, segundo os médicos, são sangramentos e infecções, principalmente se algum ponto abrir. "Como a região é muito manipulada na hora da higienização, há sempre o perigo de algum ponto se soltar", diz o cirurgião plástico Marcelo Wulkan.

    Em casos raros, pode haver fibrose, segundo o ginecologista Gerson Lopes, da Febrasgo (federação das sociedades de ginecologia).

    ZONA SENSÍVEL

    E a pergunta que não quer calar: há perda de sensibilidade nessa zona erógena do corpo feminino?

    "Querendo ou não, você está tirando áreas sensíveis, cheias de terminações nervosas e vasinhos. Alguma coisa vai perder", diz Lopes.

    Dói? "Nos primeiros dias, a sensação é que queima", diz o cirurgião plástico Carlos Komatsu, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Logo após a cirurgia, a região incha e pode ficar roxa.

    Sexo? Só depois de 30 dias, pelo menos. É o mesmo período para se abster de atividades físicas muito intensas ou andar de bicicleta.

    Passada a abstinência, dizem os médicos, a mulher está liberada para desfrutar dos benefícios da cirurgia, como ficar mais à vontade durante a relação sexual e na academia de ginástica, o que teria como consequência a melhora de sua autoconfiança.

    "Mulheres com lábios muito grandes têm vergonha de mostrar o corpo e sentem desconforto ao usar roupas justas", diz o cirurgião plástico Romeu Fadul, do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo.

    Editoria de Arte/Folhapress

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