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    Pole dance conquista academias como alternativa para turbinar a malhação

    GIULIANA MIRANDA
    DE SÃO PAULO

    08/10/2013 02h55

    O alto gasto calórico e os movimentos que aceleram a definição dos músculos estão transformando o pole dance -performática mistura de resistência e requebrado em uma barra vertical- em uma modalidade cada vez mais procurada para turbinar os resultados da malhação.

    Conhecido como pole fitness, o pole dance idealizado para manter a forma conta com uma federação que agora quer o reconhecimento da modalidade como esporte.
    Quem se esforça no vai e vem em volta do poste queima até 400 calorias por aula.

    "Logo depois de começar já deu para sentir diferença na definição do corpo. Nos braços e no abdome fica perceptível rapidamente", diz a professora de educação física Valéria Castro, 32, que faz aulas há um ano e meio.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O pole fitness começou nos estúdios especializados, mas já divide espaço com o spinning e a ginástica localizada nas academias comuns.

    Em São Paulo, a rede Competition começou as aulas no mês passado na unidade da Oscar Freire. O objetivo é testar a receptividade dos alunos antes de expandir.

    "As mulheres chegam com cara de assustadas. Mas não demora muito e elas se soltam e já percebem que é preciso mesmo pouca roupa para se equilibrar na barra", diz Mahu Biorochafaske, instrutora da academia.

    O sucesso da modalidade também chegou às redes sociais, que têm uma enxurrada de fotos de gente orgulhosa com os novos músculos e as acrobacias no poste, demonstradas na rua mesmo.

    Da avenida Paulista ao metrô de Tóquio, uma busca rápida por #polefit, #polefitness ou #polestreet no Instagram (rede de compartilhamento de fotos) encontra milhares de retratos de quem se equilibra no poste.

    A sequência intensa de exercícios já descaracterizados da conotação sensual da dança também tem atraído os homens, ainda que em menor número.

    "Tem poucos homens, mas eu não fico intimidado. Não tenho vergonha nenhuma", diz, rindo, Alan Makoto, 22, que começou a fazer aulas de pole fitness na academia há um mês. Ele diz que já notou ter mais firmeza e facilidade nos movimentos. "Mas não é fácil. A barra escorrega."

    "Pessoas com tendinite e problemas na articulação e na coluna precisam de muito cuidado. A atividade não é recomendada para quem tem labirintite", diz o conselheiro do Confef (Conselho Federal de Educação Física) Marcelo Miranda.

    O começo é difícil. Três dias após a primeira aula, a estudante Julia Ribeiro, 20, sentia dores. "É bom porque sei que está trabalhando [a musculatura]. Mas mal consigo levantar o braço."
    Segundo a professora de pole dance Renata Wilke, que dá aulas na Vila Madalena, as dores vão diminuindo e a atividade vai ficando cada vez mais prazerosa.

    "A diversão e o relaxamento são parte muito importante. É por isso que o pole fitness conquista muita gente que não gosta de academia."

    Foi assim com a carioca Renata Alfinito, 22, que sempre acabava desestimulada com os exercícios. Além de ter incorporado o pole fitness como principal maneira de manter a forma, ela agora participa de campeonatos.

    "Quando digo que faço pole dance, muitos olham torto até que eu explique. Faço questão de falar da luta pelo reconhecimento [da modalidade] como esporte."


    Academia Competition. r. Oscar Freire, 2066, zona oeste, São Paulo SP. Informações pelo telefone: 00/xx/11 3060-5555
    Renata Wilke Pole Dance. - r. Heitor Penteado, 1080, sala 4, zona oeste, São Paulo, SP. Informações pelo telefone 00/xx/11 98238-0216

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