O presidente Jair Bolsonaro demonstrou nos últimos dias irritação ao ser questionado sobre a razão dos 27 cheques que somam R$ 89 mil feitos por Fabrício Queiroz e sua mulher, Márcia Aguiar, para a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Indecência "Com todo o respeito, não tem uma pergunta decente para fazer? Pelo amor de Deus". Eis a resposta-pergunta de Bolsonaro ao repórter que o questionou sobre os depósitos de Fabrício Queiroz na conta de sua mulher. O próprio Bolsonaro, num rasgo de sinceridade e numa confissão tácita das falcatruas, acaba de reconhecer a indecência das picaretagens que envolvem toda a sua família -ou organização criminosa familiar, como se queira.
Em visita nesta quarta-feira (26) à cidade de Ipatinga (MG), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar a imprensa ao se recusar a comentar os repasses de R$ 89 mil feitos à sua mulher, Michelle Bolsonaro, pelo policial militar aposentado Fabrício Queiroz, suspeito de comandar um esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio.
Em 2018 Jair Bolsonaro era o presidente eleito quando teve que explicar um depósito de R$ 24 mil feito pelo faz-tudo Fabrício Queiroz na conta de sua mulher. À época ele disse que esse dinheiro se relacionava com uma dívida de R$ 40 mil que o ex-PM tinha com ele.
Responda, presidente Corretíssima a análise da Folha sobre os disparates do presidente ("Responda, presidente", Opinião, 25/8). Até onde vão a estupidez, a arrogância e a falta de ética de Bolsonaro? Esses constantes ataques à imprensa e a jornalistas precisam cessar. Se lhe faltam postura republicana e caráter, a sociedade civil tem o dever de repudiar veementemente suas atitudes. Nem Bolsonaro nem qualquer outro cidadão está acima do bem e do mal. Como representante de uma nação, precisa, sim, responder por seus atos, com educação, postura e respeito. Marcelo Rebinski (Curitiba, PR)